Portugal: um exemplo de solidariedade na Europa
Esta foi a ideia-chave do discurso do professor Adriano Moreira, numa conferência que aconteceu esta terça-feira, 17 de janeiro, na Rua das Taipas, em Lisboa.
“Portugal no contexto da Europa” foi o terceiro tema de um ciclo de conferências, organizado pelo Departamento de Política e Trabalho Social, da Escola Superior de Saúde do Alcoitão. O encontro que decorreu, esta terça-feira, 17 de novembro, teve como orador convidado o professor catedrático Adriano Moreira. A iniciativa contou com as presenças do vice-provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, e da subdiretora da ESSA, Maria de São José Louro.
Edmundo Martinho agradeceu, honrado, a presença de Adriano Moreira, salientando a “força e a inspiração que é para todos os portugueses, principalmente nos tempos que se vivem no país”.
Na sua apresentação, Adriano Moreira fez um resumo histórico do papel de Portugal na Europa e no mundo, salientando a importância de o nosso país ser o único que teve uma guerra colonial e que, ainda assim, “conseguiu organizar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa” (CPLP).
O aumento das dificuldades na vida dos portugueses, verificado nos últimos anos, em consequência do défice excessivo e da política monetária da União Europeia, levou a uma diminuição da influência de Portugal no estrangeiro, principalmente no espaço europeu. A entrada da troika no nosso país foi, segundo Adriano Moreira, “um dos piores episódios da história de Portugal”.
Por outro lado, o professor catedrático sublinhou que “Portugal tem sido um exemplo de solidariedade e civismo na Europa, enquanto assistimos a uma descredibilização do modelo europeísta”, concluindo que “a Europa deve e tem como obrigação ajudar os estados membros em tempos de crise”.
É necessário acreditar no sonho europeu e fazer da Europa um espaço de tolerância, respeito e, acima de tudo, de solidariedade, entre povos, defendeu o ilustre orador.
No final da palestra, Adriano Moreira lembrou que a sociedade não é só constituída por indivíduos, mas também por instituições, destacando o facto de as misericórdias serem um estandarte da história de Portugal.